Não há nada em que você não possa acreditar.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Lá fora

(Você não quer ir)
(Mas vá lá e enfrente seus medos)
(Não, eu não!)

Sentado no meu quarto
Coberto de folhas, simplesmente pensando
Minha trincheira é minha casa
Minha consciência, aqui me sinto bem
Mas eu não

Eu não quero ir
Eu não quero ver o sol
Pois o demônio está lá fora
Eu não quero me lembrar
Que o demônio está lá fora

Andando pela rua, apenas vejo
Não possui asas, não tem unhas
Não é feio (por Deus! é linda)
Mas é assim que eu sei
Que o demônio está lá fora

O demônio está se divertindo
O demônio está fazendo amizades
(Se tudo que eu posso fazer é te ver
Sumindo do horizonte, não leve a mal)

Eu não quero ir
Eu não quero ver o sol
Pois o demônio está lá fora
Eu não quero me lembrar
Que o demônio está lá fora

Rir, chorar, gritar, sangrar
Sem pensar, não falar, se o que me importa
é olhar, não me deitar nos braços dela
Minha dor é que me espera
Seguir em frente
(Seguir em frente)
Enquanto tudo que eu vejo
É que o demônio está lá fora

Se o que eu sei
É que não importa a hora
Apenas a demora
De ver o demônio lá fora